“Adentrar noturnamente. Fluir, fruir e frutar. Dançar, performar, formar, não formar, informar, acionar.
Fazer, aparecer e refazer. Corporificar desejo”.



terça-feira, 3 de maio de 2011



Encontro FEEDBACK: DANÇA E DIVERSIDADE EM GÊNERO

Porto Alegre, Santander Cultural– sala oeste- dia 07 de maio, das 11 às 14 horas – Rua Sete de Setembro, 1028. Centro Histórico/ Porto Alegre RS.

Palestrantes
Airton Tomazzoni: Doutor em Educação Programa de Pós-Graduação da UFRGS, Mestre em Processos Midiáticos pela UNISINOS.É diretor do Centro Municipal de Dança da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre e colunista do site Idança.net.
Fala: Políticas (est)éticas para (in) visibilidade de corpos na cena de dança
Dia Internacional da Dança 2005. Salão de Atos da UFRGS. Afinal do que Cris Bastos fazia lá no meio de bailarinas de tutus e b-boys? Ou ainda: Cassandra Calabouço foi selecionada para o Grupo Experimental de Dança da Cidade? A partir destas provocações pretendo apontar de que maneira iniciativas públicas do Centro Municipal de Dança vêm abrindo espaço para a desestabilização do que "cabe" dentro da produção de dança em Porto Alegre, problematizando os modos de (in) visibilidade ainda predominantes na cena local.

Charles Machado: Atua na noite do RS há 18 anos como a drag Charlene Voluntaire, passando pelas principais casas noturnas com suas performances inusitadas e divertidas; com participações em programas de TV e documentários, como "mãe de gay", ganhador de um kikito no Festival de Cinema de Gramado/RS. Figura conhecida no meio LGBT por sua irreverência.
Fala: Corpo em trânsito. Relato da vivência nos projetos OLHO3 (2010) e FEDBACK (2011) enquanto artista, performer e coreógrafo de casas de divertimento adulto LGBT.

Joana Nascimento do Amaral: Bacharel em Psicopedagogia Clínica e Institucional, Especialista em Psicanálise e Educação de Surdos, e Graduanda em Educação Física. Atua como bailarina no Grupo Gaia – Dança Contemporânea, desde 2006 e na Muovere Cia de Dança, desde 2007. É professora titular do “Dança e Sentidos”, projeto integrante da Muovere Cia de Dança e Integrados.
Fala: Corpos des-emaranhados. Reflexão acerca de fusões técnicas e de procedimentos em dança sobre um ponto de vista de diversidade enquanto processo de separação das partes de um todo. Uma vivência que não liquidifica as identidades interativas, mas que as potencializa a medida do seu potencial de complementaridade.

Luiz Felipe Zago: Bacharel em Comunicação Social e Mestre em Educação Programa de Pós-Graduação em Educação pela UFRGS, desenvolve sua tese de doutorado sobre a produção de subjetividades de homens gays em articulação com as tecnologias de informação e comunicação. Atua junto ao SOMOS desde maio de 2005. É coordenador-geral da instituição e participa do núcleo de Comunicação.
Fala: Corpos femininos, corpos masculinos e dança: breves provocações
De que modos o gênero como ato performativo constrange e delimita as possibilidades do corpo na dança? E, ao contrário, como a dança pode esfacelar e borrar as normas de gênero? É sobre essas duas perguntas que se assenta a breve fala de Luiz Felipe Zago, que procura levantar a discussão sobre a prática da dança como resistência aos modos normativos de viver e experenciar o corpo.

Marco Fillipin: Licenciado em teatro - UFRGS, bailarino e coreógrafo. Foi gestor cultural no Estado do RS entre 1999 e 2002. Coordenador de Artes Cênicas no Município de São Leopoldo entre 2006 e 2010, onde criou a Cia. Municipal de Dança de São Leopoldo. Atualmente atua a frente da Coordenação de Dança do Instituto Estadual de Artes Cênicas da Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul.
Fala: A gestão pública e a diversidade em gênero na dança.
De que maneira o Estado deve participar nas questões da diversidade de gênero. O Estado deve ter um tratamento diferenciado para esse assunto? Ou o Estado deve tratá-la com igualdade a outras demandas da sociedade civil? Se faz necessário uma política pública específica dentro da cidadania cultural?

Tatiana da Rosa: bailarina, coreógrafa e professora de dança.Participa do Coletivo de Dança da Sala 209. Sua pesquisa está baseada em conceitos comuns à educação somática e à improvisação. Tem formação em ballet e dança moderna. Foi bolsista ApArtes/CAPES na Trisha Brown Company (NY) em 1999 e 2000. Foi professora da Graduação em Dança FUNDARTE/UERGS de 2003 a 2010. É mestre em Educação-UFRGS.
Fala: Algumas referências da dança na contemporaneidade. Através de um pequeno apanhado histórico, focado especialmente na dança pós-moderna norte-americana dos anos 1960, procuraremos compreender de que maneira algumas abordagens de corpo tem subvertido práticas artísticas e corporais, desafiando a criação artística, seus modos de inserção e os entendimentos da corporeidade.

Mediador
Diego Mac: Graduado em Dança, especialista em Poéticas Visuais e mestrando em Poéticas Visuais (Instituto de Artes-UFRGS/CAPES). Desenvolve pesquisas poético-teóricas entre dança, imagem e novas tecnologias. É diretor, coreógrafo e bailarino do Grupo Gaia – Dança Contemporânea e diretor de visualidades e sonoridades da Muovere Cia. de Dança. Além do campo da arte, atua também como consultor em Marketing Digital e Mídias Sociais.

Organizadora
Jussara Miranda: Mestre em Inclusão Social e Acessibilidade, LP: Políticas públicas e Inclusão Social, Universidade FEEVALE. Tecnóloga em Dança ULBRA/ RS. Pesquisa em políticas públicas culturais para grupos de dança contemporânea em situação de trabalho. Atua nas áreas de formação, criação e produção em dança. Diretora e coreógrafa da Muovere Cia de dança contemporânea de Porto Alegre Ano 22.

Feedback no dia Internacional da Dança (29. 04. 2011)

Coletivo sala 209 da Usina das Artes